"Acho que eu não tinha mais sonhos. Ou o que ainda sobrava deles era pura miséria. Eu não via muito jeito para as coisas e assim fui sendo, tendo meus modos e escrevendo tudo pela memória.
Das boas lembranças que guardo é de assistir pela janela da sala, meu pai saindo de carro pro trabalho e eu, estático, calado, observando cada movimento. Não esquecerei da idéia que me preencheu. Era algo como " ...por que eu vim mesmo pra cá?", " onde estava tudo era tão bom..."," o que eu estou fazendo aqui?". Chuto isso pelos meus 5, 6 anos. Ainda não tinha conhecido a escola. Já queria voltar. Já não era feliz."
15 de jan. de 2009
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