Criou um login com nome de mulher.
Às quase quatro da manhã, declarou-se disposto a sexo casual + malabarismos de veterana naquele fórum costumeiro.
Enquanto o filho largava a cama pelo colégio, fingia gemidos e cumplicidades em salas de bate-papo.
Já no café da manhã, contava a mulher a dificuldade de expressar em muitas linhas sua tese sobre a existência do genocídio armênio; enfim, perdera toda a madrugada na labuta.
Seus óculos, meio tortos, teimavam em refletir a claridade intensa invadindo a cozinha, os pães e as tortas.
O ponteiro do relógio de parede ansiava o calor de pilhas novas.
Os farelos, em grandes fileiras pelo chão, cantavam risonhamente uma felicidade estranha.
Se pudessem usá-la em palavras, diriam que tudo o que não se sabe ainda, é melhor que o remédio alucinante que carregavam em essência.
10 de mar. de 2009
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5 comentários:
Obrigada. Definitivamente, obrigada.
Sua interpretação, ou melhor, sua leitura incisiva e demonstração prática clarearam os pensamentos que já estavam aqui.
Gosto dos farelos que descreve. Gosto mesmo!
Um beijo.
( . . . )
... trouxe-me a solidão das coisas.
abraços
^^
cotidiano...
oi, quer tc?
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