18 de ago. de 2008

outro denso.

Já nem tinha percebido o quanto havia reparado na profundeza do meu olhar, meio de canto, meio rente ao espelho.
Não me restam outras fugas pela hora.
Refazendo as contas, os
juros que me convertiam a declinar, inverter, duvidar... ía largando na minha própria revolta o desejo de ser outro e nesse outro ter o seguro.
Pela minha mente vejo o passo-a-passo, o largar da saudade, a nostalgia do que nem aconteceu.
Vendo o passado próximo ainda, tranco as feridas, lhes dou nomes, aumento as dores, admiro as cicatrizes, sinto prazeres.
Eu revelo uma vontade extrema de juntar as coisas, de varrer os planos, de botar fogo nas partes, rabiscar paredes, beijar amigos, aumentar o quarto.
Já não faz sentido assim, ser somente só eu.
Não me comparem num tipo meio louco, desviado.
Eu ainda sei muito bem o que quero.

5 comentários:

Carlos Howes disse...

Intensidade.

l u a * disse...

comparar é crime.


(continuo a comer de tuas palavras, deixa.?)

Amanda Beatriz disse...

eu sei o que quero só em algumas partes. nas outras resta a dúvida.
e eu to bem, juro que to. é só a paciência que não anda muito grade!
beijos!

l u a * disse...

tu tem um blog secretinho.?
cobicei, cobicei.

Laura Bourdiel disse...

Pensamento denso e tenso! poderoso, imenso, que causa alvoroço.

proje(c)to

etc.