Diria entre todas as conjecturas que a sua sombra preservou o meu ar entre madeixas e sorrisos tortos. Aposto que não saberia me contar teus segredos ou revelar as entrelinhas (as quais conservo-me no direito de ler em particular velocidade). Entre as vozes dissonantes avanço o meu olhar DVC pelas tuas partes e gravo meu take, mixtape, mis en cène, minha memória de terabytes.
Chego - é a mesma cena, revisitada - ela parada, aproximo, faço média do atraso, olho fixo a coloração da pele do rosto e o piscar de olhos, o brilho.
Exagero, aproximo a boca e o olhar macro percorre os pontos, as pintas e cicatrizes, o suor e as marcas. Sussuro - "é o melhor que há em mim, o melhor". Ela engole as palavras, espreme a resposta entre as pálpebras e evoca o mistério. Diria entre todas as conversões que a sua voz rascunhou em mim e eu, sobretudo, considerei o avanço e sorri entre as folhas de caderno que ficaram marcadas pela tinta porosa que guardei de recordação dos dias difíceis.
Te disse que lembrar era como tentar escrever, que contar era percorrer, então dormir sempre foi o melhor que podia. Pedir companhia não é nada raro hoje - "fica, fica, fica..."
É hora e assim, partir breve.
20 de jul. de 2008
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Um comentário:
Prolongar o tempo seria uma dávida, não?
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