19 de jun. de 2008

Certo desencanto.

É um misto de desencanto com alívio.
É um doer em várias partes, inclusive pelos bolsos e cartões de débito.

Quase não chego a uma conversa séria, um pensamento lógico.
Quase feito um devaneio
, uma dor de barriga, um bode da vida, um porre de vodka baratinha.
Não me presto a servir em doses mínimas, apresso as cavalares e vem a pontiaguda dor no meio do peito, sem os cheiros todos e lembranças...sem vestígios.
Vou vendo e revirando e não há nada. Nada. Tipo a música dos Los Pirata.
Incomoda e alivia. Pressiono e já não sinto bem o que antes latejava.
De repente, aquela cicatriz antiga sumiu e você demora a sentir falta.
A ausência do cheiro que incomoda...
Tudo é o imediato, o valor de troca, o valor da hora, da memória.
Fui deixando, deixando e cá estou, desencantado.

4 comentários:

Amanda Beatriz disse...

é bom desencantar às vezes... pode tirar um peso do peito.
beijos!

l u a * disse...

se eu me aconselhasse, eu não me ouviria. então acho que você não devia ouvir, também.
se bem que eu não dou nem vendo nem empresto conselho algum.

mas eu digo. que das doses, as cavalares; as paixões mais arrasadoras; os porres, os mais brutais.
e que de doer, é muito mais digno morrer, todanoite, cada uma delas.

Anônimo disse...

Se encantamento vêm de magia, a única forma é sumir assim, sumindo.
Queria eu desencantar assim tão fácil e não ser tão fácilmente encantada.
:*

Carlos Howes disse...

Eu ja nao acho bom o desencanto. E uma sensaçao de apatia grande, de coisas fora do lugar, de que tudo e simplesmente empurrado.

Mas sao os estagios da existencia, e creio que em determinados momentos os tons predominantes sao os mais brandos. Se a magia desaparece em alguns cantos, convem a nos busca-la em outras pontas.

Abraço.

proje(c)to

etc.